quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O TEMPO EO ENCANTO

Numa tarde fresca de verão, estava eu sentada em um banco de madeira em baixo de uma sobra fresca de uma frondosa árvore, em minha companhia uma senhorinha de 82 anos a qual me contava sobre suas viagens pelo mundo.

Dona Angelita é o seu nome, seus olhinhos brilhavam entre as pálpebras caídas e cansadas no seu rostinho envelhecido pelos anos, mais cheios de luz, cheio de vida, resplandecendo uma inigualável alegria em seu sorriso,  em dizer as palavras que me inteiravam de uma linda viagem,  a uma ilha quase que encantada chamada Bucano, lá  onde ela esteve em sua ultima viagem.

Ela conta que chegou na ilha  de barco e que era lindo ver aquele povoado em meio as águas  coloridas e tão alegres,  com o brilho do sol e que Burano tem pra ela um sabor de mar. Ao se aproximar la estavam centenas de barcos amarrados ao longo dos canais que cruzam a ilha, ela ficou maravilhada com os florais nas lindas janelas desenhadas entalhadas a mão.

Dona Angelita disse  que la usa -se pintar as casas em cores fortes, uma bem diferente da outra, e que são em cores de preferencia primarias, que nas ruas ela encontrou muitos jovens indo para o colégio, todos bonitos loiros com pele de pêssego e pele queimada.Conta que em Burano é um mundo diferente, um retalho de um mosaico sagrado pelo tempo, ela viu por la muitos pintores eternizando aquela beleza, numa janela  do tempo descrito pela sua mente visual. Os fotógrafos andam buscando minucias de cada paisagem, para levar para o mundo conhecer, os poetas escrevem poesias sentados nas sacadas floridas das casas, na junção das mesmas unifamiliares é um prazer para os olhos, as a beleza dos gerânios, roseiras, e muitas outras flores adornando os antigos terraços e sacadas, que parece parte  de uma pintura feita pelo amor de cada mão, retalho do paraíso escondido no mar.Também ficou encantada com com as portas altas e seus detalhes em forma rustica e bela, também estavam erroladilhos de ferro em formas distintas,  embelezando ainda mais tudo ali.

Ao longe pode avistar antenas de tv junto a chaminés torneadas no topo das casas, fazendo uns desenhos antigos quase barrocos do lugar, Dona Angelita conta que as janelas tem namoradeiras, onde as moças sentavam a tarde para ver os rapazes passarem, estas são decoradas, cuidadosamente, ha sacadas com figuras  estranhas e carrancas, e nas ruas muitos vasos adornando todos lugares, Ela caminhando por uma calçada topou com um flagrante amoroso, como uma sena de filme, numa tarde de paz tranqüilidade  e o amor reinava naquele lugar. Dois jovens se beijando longamente, ele tinha uma mão na bicicleta e a outra mantinha sua amada junto ao seu corpo, em cima um arco de flores lilás que em penca,testemunhavam aquele momento único, estavam enfrente uma casa azul, ao se despedirem ele colocou uma flor em seus cabelos cacheados, na entrada da casa azul ha uma treliça branca sustentando uma planta de cipós,  cheia de botões protos para romper em flores.

Bucano, diz ela que os habitantes são simples e puros, uma ilha de pescadores, pessoas felizes e acolhedora.As mulheres ajudam na economia fazendo bordados,  bordando a beleza dos locais, trabalhos procurados pelos turistas. A cidade as ruas são canais  que suas água refletem as casas coloridas e as flores, ha uma praça com arvores, uma rua larga do comercio pontes em arco sobre canais, turistas olhando curioso um barco recém chegado do mar, os restaurantes servem uma iguaria de frutos do mar,ela reparou que nas ruas as lanternas são presas as paredes e não ha postes, estas luzes fazem o local lindo a noite,  refletidas nas águas dos canais, ha também uma igreja matriz barroca, com artes sacras centenárias, e seus sinos badalam  sincronizando suas badaladas.

Ela disse que esta ilha que ela esteve Burano fica próxima a Murano,  que é uma das mais pitorescas ilhas de lagunas venezianas separada de Veneza por 7 kl , numa viagem de quarenta minutos de vaporeto, o barco que faz a travessia.

Burano ficou famosa por ser uma fabrica de artistas, que pintam os fios de varais em meio as paisagens com as roupas feito bandeiras em cores, conta se a historia que na antiguidade os pescadores que habitavam a ilha pintavam suas casas para distinguir ao longe,  quando voltavam do mar e seus barcos tinham a mesma cor  de suas cassas, para que as famílias soubessem quem vinha chegando e esperavam em festa, e que esta tradição converteu-se em motivo de atração turística.

Nas ruas os velhos são contadores de histórias e falam deste passado tão remoto e tão presentes.Finalizando a historia da viagem a Bucano, comentei que queria viajar como ela , e queria visitar este lugar, ela sorriu e ,e disse é fácil querida,  faça como eu mesmo nesta idade viajo o mundo todo através de meus email que recebo de muitos amigos, esta viagem que lhe contei agora foi um dos mais bonitos que recebi de alguém, o resto é imaginar,é assim que passo meu tempo aqui nesta casa de repouso onde vivo a anos,  onde já não me visitam mais,  esqueceram de mim, meu computador é meu companheiro e amigo, ele  e minha janela para o mundo.,Eu ri com lagrimas nos olhos do seu jeitinho criança de ter me pregado essa  preciosa peça,nos abraçamos com um amor intenso.

autora- Margarida Pimentel em 22-09-2010.  

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