segunda-feira, 25 de abril de 2011

Retalhos de vivencia

Uma manhã em Madri

Era uma manhã de verão em Madri,  acordei com um cheiro bom de algo frito que me deu fome, olhei pela janela que tinha os vidros entreaberto e o vento soprava  levemente a cortina de tecido branco com folhagens bordadas. Havia um silencio nas ruas, era um domingo . Então me vi em um devaneio, me transportei para minha infância na fazendo dos meus avós. Aquele momento me levou a lembrar quando eu dormia na casa da vovó,  era essa sensação que sentia e via agora, o silencio do campo,  os pássaros lá fora . Aqui onde estou,  na calhe Dell Rio é uma selva de pedras, mais o vento que sopra é o mesmo que lá na minha infância soprava , calmo como antigamente na janela antiga do quarto da casa da da vovó, a janela fechada segura por uma tramela da mesma madeira, já um pouco solta, o vento batia e batucava um ritmo carinhoso na sua melodia suave como que festejando aquela manhã ,  cantava e assoviava quando passava pelos vãos,  entrando junto com o brilho do sol como fagulhas de ouro me chamando pra ir viver. Como agora também o mesmo sol e o mesmo vento,  estão repetindo o seu chamado, entrando pelos buraquinhos da desenhada ventana.

Naquelas manhãs a vovó fazia deliciosos omeletes para o café da manhã, que o cheiro misturado com cheiro do café  moído na hora naquele moinho antigo, de ferro vindo da Alemanha, nos tempos dos tátaras, na mesa de madeira ao meio da cozinha. Bons tempos, que deixaram lindas lembranças, e que me faz sentir criança neste momento deste devaneio , agora tão longe do meu pais. Que bom poder voar para o passado e buscar fagulhas de felicidades, dos belos momentos que vivi por lá  e saber que amanhã estarei em algum lugar buscando fagulhas de felicidades de lindos momentos  aqui  vividos. E  que a vida é sem fronteiras,  que pode ir onde o pensamento vai.Pensamentos e emoções  andam juntos, posso sentir e rever o passado e revive.lo pelas emoções guardadas no coração.Posso adentrar o futuro e sonhar como se já estivesse lá. Tenho muito que agradecer ao meu Pai Celestial, por ter feito o meu espírito livre que pode contornar o mundo enquanto durmo e sonho,  que pode ir e vir em plena liberdade. e nele esta o  passado,  presente e o futuro.