quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A PORTA DO AMOR

Saindo do mercado em Madri, estava uma mãe e seu filhinho de uns seis aninhos, encontramos eles na porta  na calçada da entrada.

O menino olhando com alegria de sua idade para o rosto da mãe disse.- Vamos cantar uma canção? Ela perguntou qual? Ele em seguida começa a cantar com uma voz linda uma canção infantil, ela sorri e canta junto com entusiasmo, que chamou atenção de muitas pessoas que por ali estavam, e se foram rua a cima cantando e dançando, eu e meu filho que íamos fazer compras paramos e ficamos olhando, podia ver nos lábios de cada pessoa um sorriso carinho pela aquele ato de amor e coragem daquela linda mãezinha. Ela gesticulava e dançava com ele de um lado para outro andando e segurando  a sua pequenina mãozinha, na outra mão ela segurava uma sacola com pequenas compras fazia parte do momento e da dança, pareciam estar sozinhos em um vasto campo florido.

Tenho certeza que todos nós que apreciávamos a cena, achávamos o mesmo, que era algo inédito e lindo de se ver,ali estava expresso o amor, união, de mãe e filho que falam a mesma linguagem a do coração, que deixa a alegria sair e contagiar os mortos vivos que caminham sem rumo a anos, estavam no mundo somente deles, nem deram conta de ninguém a observar, estavam tão livres soltos nas entrelinhas daquela linda canção.

Era um momento raro, pra nós, mais todos que viam tenho certeza que tiveram uma pontinha de inveja, daquela mãe naquele lindo momento, Estávamos ali vendo alguém ter a coragem  de romper barreiras do tempo, dos costumes e outros mais, dos tabus impostos pela boa educação, que restringi ao homem a limites mínimos de expressão, para ser feliz de verdade cantando alto em bom tom na rua central de uma grande cidade, sendo apenas feliz no planeta da paz onde se entra pela porta do amor.

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